19 dezembro 2006

Justificação

“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5:1).


“Na realidade somos almas encarceradas em um corpo destruído pela corrupção do erro e o justo destino de nosso espírito é a morte e a eterna separação de Deus”.

Embora as palavras por mim proferidas sejam um tanto duras registraram a veracidade da condição humana sem Deus. Quando disse “corpo destruído pela corrupção do erro” fiz referência ao pecado original, de Adão e Eva.

“Portanto, assim como por um só homem [Adão] entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 5:12).

“Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e nele não há injustiça; é justo e reto” (Deuteronômio 32:4).

Sendo Deus todo perfeito, não é possível a conivência com seres imperfeitos. Sendo Deus todo justiça, o destino justo dos imperfeitos (toda humanidade) é a eterna separação.

“Porque o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23)

Apesar de ter apresentado em “Aparências” de forma diferente, morte e separação eterna são praticamente sinônimos. Morte é o resultado direto de nossa imperfeição (Lembrando que inicialmente éramos seres perfeitos com potencialidade para a imperfeição); Separação eterna refere-se ao resultado indireto que submete o homem a esta situação posteriormente à vida.
O homem continuamente vem buscando alternativas para resolver o problema da separação divina através de seus próprios esforços: vida reta, boas obras, religião, filosofias, etc. Devemos lembrar que aquilo que nos separa de Deus é o nosso erro, não as coisas certas que fazemos. Vida reta e boas obras não anulam nossas “mãos contaminadas de sangue”.
Deus prioriza conceitos absolutos (certo x errado, luz x trevas) de forma que em muitas coisas não existe meio-termo. Quando observa [Deus] do céu a humanidade, todos são indistintamente injustos e passíveis de punição.

“Do céu olha o Senhor para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus. Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Salmos 14:2-3).

Todos são declarados injustos por Deus. Justificação é o ato de tornar justo (algo injusto é transformado em justo). O único que pode alterar nossa condição de imperfeição é o próprio Deus. Muitos perguntam: Por que Deus, sendo também todo bondade, não estende tudo isso a todos? E eu pergunto: Quem disse que a salvação é exclusiva de alguns?! O Propósito Divino é para todos...

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).

Quando Deus criou o homem deu-lhe a liberdade para tomar decisões. A salvação é para todos, mas nem todos serão salvos pela falta de um pré-requisito básico: .

“Ora, a é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem” (Hebreus 11:1).

“Agora se manifestou a justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Romanos 3:21-24).

A graça é um favor imerecido, algo que nos é dado por exclusiva dádiva divina. A justificação de toda vida imperfeita é através da morte de um Justo (Jesus Cristo).

“Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6).

É necessário crer e aceitar todas essas verdades para sermos justificados e aceitos por Deus. Deus nos ama e a prova maior deste Amor é o sacrifício voluntário de seu Filho.

“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:8).

Ele nos propõe transformar todo o nosso interior em componentes incorruptíveis e dignos de glorificá-lo...modificar nossa condição de criatura e de “filhos da desobediência” para filhos Dele.

“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome” (João 1:12).

Apesar de devermos a Ele toda nossa inspiração e existência, nosso livre-arbítrio foi para a destruição...Entretanto, seu Propósito de reconciliação foi estabelecido para retornarmos ao puro convívio...na nossa insignificância fomos escolhidos pelo Criador do Universo. Existe maior honra?!

“Minha Esperança: A Palavra
Minha Remissão: O Sangue
Meu Legado: A Cruz
Meu Salvador: Jesus”

– Justificação – André S. Braga.

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